O silêncio dos médicos sobre sexo anal coloca mulheres em risco

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Sexo anal é um tema que ainda provoca reações desconfortáveis — inclusive dentro de consultórios médicos. Apesar de ser uma prática cada vez mais comum entre casais heterossexuais, como revelam pesquisas realizadas no Reino Unido e nos Estados Unidos, a conversa sobre os potenciais riscos associados a ela ainda é evitada por muitos profissionais de saúde. O resultado? Mulheres ficam vulneráveis a problemas como fissuras anais, infecções e dor crônica — tudo isso, muitas vezes, por falta de simples orientações que poderiam ter sido dadas durante uma consulta.
Ignorar essa realidade é permitir que tabus coloquem a saúde íntima da mulher em risco. Médicos que não abordam abertamente a prática do sexo anal, especialmente quando realizada sem os cuidados adequados, contribuem para diagnósticos tardios e tratamentos ineficazes. A omissão é, portanto, uma forma de negligência — mesmo quando motivada por vergonha, falta de preparo ou medo de parecer invasivo.
Neste artigo, vamos explorar as principais dúvidas das pacientes sobre sexo anal, mostrar por que o silêncio médico é prejudicial e apresentar soluções concretas para mudar essa realidade. Este conteúdo é um convite à reflexão — tanto para mulheres que buscam informação quanto para profissionais que desejam oferecer um atendimento mais humano e completo.
Principais dúvidas que as pacientes têm sobre sexo anal

Sexo anal é seguro?
Sim, desde que o casal use preservativo como prevenção. O sexo anal sem proteção pode expor ambos os parceiros a diversas ISTs, como HIV, gonorreia, clamídia e HPV. Usar preservativo é essencial para reduzir os riscos e manter a saúde sexual em dia. A prevenção é sempre o melhor caminho.
Essa é uma das perguntas mais frequentes em consultórios de ginecologia e coloproctologia — quando o assunto é abordado, o que infelizmente ainda não é regra. Sexo anal, quando praticado com consentimento, preparação e comunicação, pode ser seguro sim. Mas, como qualquer prática sexual, exige cuidados específicos para evitar desconfortos ou complicações.
O ânus, diferentemente da vagina, não possui lubrificação natural, o que torna a prática mais suscetível a lesões se não houver o uso de lubrificantes adequados. Além disso, é preciso respeitar o tempo e os limites do corpo, priorizando o relaxamento da musculatura perianal. Se o sexo anal for forçado ou realizado sem o preparo correto, o risco de lesões — como fissuras anais — aumenta significativamente.
Segurança, nesse caso, não está ligada apenas ao ato em si, mas à forma como ele é conduzido. Ter prazer não deve implicar em dor ou vergonha. O que falta, na maioria das vezes, é informação clara e confiável.

Quais são os principais riscos do sexo anal para a mulher?
O sexo anal envolve riscos como fissuras, hemorroidas, infecções e maior chance de ISTs. Por isso, é essencial adotar práticas seguras, como o uso de preservativo e lubrificante, além de higiene adequada, para proteger a saúde e tornar a experiência mais segura e confortável.
Os riscos associados ao sexo anal são reais, mas muitas vezes minimizados — ou sequer mencionados.
Tabela com os riscos Associados ao Sexo Anal
Tipo de Risco | Descrição |
Fissura Anal | Pequeno corte na borda do ânus, causando dor intensa e sangramento, especialmente na evacuação. |
Hemorroidas Traumáticas | A pressão e fricção durante a penetração podem agravar hemorroidas internas ou externas. |
Infecções | Bactérias do canal anal podem causar infecções em caso de microlesões ou má higiene. |
DSTs (ISTs) | Maior risco de contaminação por HIV, HPV e herpes genital, especialmente sem o uso de preservativo. |
Essas condições, se não forem tratadas adequadamente, podem evoluir para problemas crônicos e impactar diretamente a qualidade de vida da mulher.
Existe alguma forma de prevenção contra complicações?
Sim, e ela começa com informação de qualidade. Médicos devem explicar com clareza como tornar a prática mais segura. Veja algumas orientações essenciais:
- Lubrificação é obrigatória – Use sempre lubrificante à base de água ou silicone.
- Preliminares e relaxamento – A penetração só deve ocorrer quando houver sinal verde do corpo.
- Higiene correta – Limpeza antes e após, mas sem exageros ou uso de produtos agressivos.
- Uso de preservativos – Evitam o contato direto com a flora bacteriana e reduzem o risco de DSTs.
- Evitar alternar entre anal e vaginal – Isso pode levar bactérias nocivas da região anal para a vaginal, causando infecções.
A prevenção, portanto, não é um mistério. Ela depende de orientação, de um canal aberto entre paciente e médico — algo que ainda falta em muitos atendimentos.

Devo falar ao meu médico que pratico sexo anal?
Sim — e isso é mais importante do que parece. Muitos diagnósticos de fissura anal ou infecções poderiam ser feitos com mais rapidez se os médicos soubessem da prática. No entanto, a vergonha, o medo de julgamento e a sensação de invasão de privacidade ainda impedem muitas mulheres de falar sobre o assunto.
Se o profissional não abordar o tema com naturalidade, dificilmente a paciente terá coragem de tocar nele. Por isso, médicos devem adotar uma escuta ativa e criar um ambiente seguro para esse tipo de conversa. Ao saber que a paciente pratica sexo anal, o médico pode:
- Investigar sintomas com mais precisão;
- Prescrever tratamentos mais eficazes;
- Oferecer dicas de prevenção personalizadas.
Contar ao médico é o primeiro passo para cuidar da saúde íntima de forma responsável e consciente.
Diagnóstico tardio de fissura anal
A fissura anal é uma das complicações mais comuns do sexo anal mal orientado — e uma das mais ignoradas. Muitas mulheres convivem por meses com dor intensa ao evacuar, sangramentos e desconforto diário sem saber o que estão enfrentando. Por quê? Porque o médico nunca perguntou se havia prática anal. E a paciente, com medo de parecer “errada”, não contou.
O problema é que a fissura anal, quando não tratada precocemente, pode se tornar crônica. A dor gera contração muscular (hipertonia), dificultando a cicatrização e perpetuando o ciclo da dor. Em casos mais graves, pode ser necessário cirurgia. Um simples diálogo teria evitado tudo isso.
Agravamento de sintomas por falta de orientação
O silêncio dos médicos sobre o sexo anal não é apenas desconfortável — ele é perigoso. Quando não há uma conversa clara sobre os riscos dessa prática, os sintomas que surgem acabam sendo ignorados, minimizados ou até mal diagnosticados. Isso piora a condição da paciente e a empurra para um ciclo de dor, vergonha e frustração.
Imagine a seguinte cena: uma mulher começa a sentir dor intensa após evacuar. Sente medo, vergonha, e decide usar pomadas de uso geral por conta própria. A dor persiste. Surgem sangramentos esporádicos e a cada ida ao banheiro, ela trava, literalmente, o corpo inteiro. A dor causa medo, e o medo causa mais dor — um ciclo vicioso.
Sem orientação adequada, ela não sabe que está lidando com uma fissura anal, que precisa de cuidados específicos. E como o médico nunca perguntou se havia prática anal, ela também não se sentiu à vontade para contar. Resultado? A condição evolui para um quadro crônico. A cicatrização se torna difícil. As bordas da lesão se endurecem. E o tratamento fica cada vez mais complexo.
Essa realidade, infelizmente, é muito comum. Quando o médico se omite, a paciente perde a oportunidade de receber ajuda no momento certo. A prevenção falha. O tratamento atrasa. E a dor se prolonga.
Impacto psicológico do descaso médico
Há também um outro aspecto menos falado, mas igualmente relevante: o impacto emocional que essa omissão médica causa nas mulheres.
Muitas mulheres que praticam sexo anal e enfrentam dores ou desconfortos se sentem culpadas. Algumas acreditam que estão fazendo “algo errado” e, por isso, merecem passar por isso. Outras internalizam o sofrimento como parte natural da vida sexual — como se dor fosse aceitável em nome do prazer do parceiro.
Essa sensação de inadequação se intensifica quando o médico — que deveria acolher — silencia. O consultório se torna um espaço onde ela não pode ser autêntica. E isso reforça a cultura do silenciamento, onde o prazer da mulher é negligenciado e sua dor é invisível.
O atendimento médico não pode ser neutro diante desse sofrimento. Ele precisa ser ativo, empático e, acima de tudo, humano. Quando a paciente se sente ouvida, validada e orientada, ela consegue cuidar da sua saúde sexual sem culpa — e com consciência.

Como os médicos podem quebrar o tabu
A solução está na base: comunicação aberta e livre de julgamentos. O médico precisa assumir o papel de educador e cuidador, criando um espaço onde a paciente possa falar sobre sua vida sexual sem sentir vergonha. Isso começa com perguntas simples, como:
- “Você tem alguma dor ou desconforto durante ou após relações sexuais?”
- “Você já praticou sexo anal? Teve algum sintoma depois?”
- “Quer conversar sobre formas de tornar sua experiência mais segura?”
Essas perguntas, quando feitas com naturalidade, mostram à paciente que aquele ambiente é seguro para falar de tudo — inclusive do que ela não sente à vontade em trazer espontaneamente.
Além disso, o profissional deve:
- Atualizar-se constantemente sobre práticas sexuais e suas implicações clínicas;
- Participar de cursos de comunicação empática e educação sexual;
- Evitar expressões julgadoras ou piadas de duplo sentido;
- Usar linguagem acessível, respeitando o nível de conhecimento da paciente;
- Anotar essas informações no prontuário com sigilo e cuidado.
Mudar a postura do profissional de saúde é essencial para quebrar o ciclo de desinformação e medo que envolve a sexualidade feminina — especialmente quando se trata de práticas como o sexo anal.
O papel da educação sexual na prevenção
Educar é prevenir. E quando falamos em saúde íntima da mulher, a educação sexual é a chave para quebrar tabus, reduzir riscos e promover prazer com segurança. Infelizmente, essa educação ainda é falha no Brasil, muitas vezes restrita a questões reprodutivas e contraceptivas — ignorando completamente práticas como o sexo anal.
Isso faz com que muitas mulheres cheguem à vida adulta sem saber:
- Que o ânus não tem lubrificação natural;
- Que a dor não é normal e nem aceitável;
- Que a prática precisa ser consentida, desejada e preparada;
- Que o uso de preservativo é essencial, inclusive nessa modalidade.
Com isso, elas se tornam vulneráveis a pressões dos parceiros, a práticas sem proteção e a machucados evitáveis.
Uma educação sexual de qualidade deveria abordar temas como anatomia anal, higiene íntima, práticas seguras e autonomia corporal. Ela também deveria incluir homens — afinal, a forma como os parceiros encaram o sexo anal impacta diretamente na experiência da mulher.
Cabe aos profissionais de saúde, escolas, influenciadores e instituições trazerem essa conversa para o centro — sem vergonha e com responsabilidade.
Tratamento para fissura anal e outras complicações
Quando a mulher chega ao consultório com dor, sangramento ou desconforto na região anal, é fundamental que o médico investigue a possibilidade de uma fissura anal — especialmente se houver relato de sexo anal recente ou frequente.
O tratamento clínico costuma ser eficaz em até 80% dos casos e inclui:
- Pomadas analgésicas ou cicatrizantes;
- Relaxantes musculares tópicos, como o diltiazem;
- Banhos de assento com água morna, várias vezes ao dia;
- Suplementação de fibras e aumento na ingestão de água;
- Uso de laxantes suaves, se houver constipação.
Nos casos em que a fissura já se tornou crônica e não responde aos tratamentos iniciais, a opção cirúrgica pode ser necessária. A técnica mais comum é a esfincterotomia lateral interna, que consiste em cortar parcialmente o músculo do esfíncter anal para reduzir a hipertonia e permitir a cicatrização.
O pós-operatório é simples e, na maioria das vezes, o paciente retorna às suas atividades normais em poucos dias — com alívio quase imediato da dor. Mas o mais importante é prevenir a recorrência, o que só é possível com educação, mudança de hábitos e acompanhamento com um profissional de confiança.
Como se preparar para falar sobre sexo anal com o médico
Vamos falar a verdade: para muitas mulheres, só de pensar em tocar no assunto “sexo anal” com o médico já dá um frio na barriga. E isso acontece por uma série de motivos: medo de julgamento, vergonha, insegurança, experiências ruins anteriores ou até mesmo falta de costume em falar sobre sexualidade de forma aberta. Mas aqui vai um ponto fundamental: falar é cuidar de si.
Você não precisa chegar no consultório e dizer tudo de uma vez. Comece aos poucos. Veja algumas dicas para se sentir mais à vontade:
- Escreva antes da consulta o que gostaria de perguntar ou relatar. Ter isso anotado ajuda a não esquecer e diminui a ansiedade.
- Leve alguém de confiança, se isso te deixar mais tranquila. Um acompanhante pode oferecer apoio emocional.
- Escolha um profissional com quem você se sinta segura. Se for mais confortável para você conversar com uma médica mulher, não hesite em procurar esse perfil.
- Lembre-se que médicos são treinados para ouvir sem julgamento. E se sentir que o seu não é acolhedor, você tem todo o direito de buscar outro.
- Use frases diretas, mas simples, como: “Tenho dor depois do sexo anal, isso é normal?” ou “Gostaria de saber como tornar o sexo anal mais seguro”.
A consulta médica é o espaço para cuidar do seu corpo e tirar dúvidas — todas elas. Silenciar por vergonha só faz o problema crescer. Seu bem-estar vem em primeiro lugar.
A importância de escolher um Coloproctologista de confiança
Quando o assunto é íntimo, a confiança no profissional faz toda a diferença. Não basta ter formação técnica — é preciso empatia, escuta ativa e zero julgamento. E aqui entra o diferencial da Dra. Clarisse Casali, coloproctologista que tem ganhado reconhecimento nacional por seu atendimento humanizado, gentil e esclarecedor.
A Dra. Clarisse entende que mulheres precisam de um espaço seguro para falar sobre seu corpo e sua sexualidade. Por isso, cada paciente é acolhida com respeito e atenção individualizada. Na prática, isso significa:
- Consultas sem pressa, onde há tempo para explicar tudo com clareza;
- Linguagem simples, que traduz termos médicos de forma acessível;
- Ambiente acolhedor, em que você se sente confortável para relatar até o que parecia “vergonhoso”.
Além disso, a Dra. Clarisse utiliza protocolos atualizados para diagnóstico e tratamento de fissura anal, hemorroidas, dor pélvica e outras condições coloproctológicas. Sua experiência clínica, aliada ao compromisso com a saúde da mulher, faz dela uma referência na área.
Buscar um profissional assim não é luxo — é uma necessidade. Sua saúde íntima merece cuidado sério e acolhedor.
Considerações Finais
O sexo anal não pode mais ser um tabu dentro dos consultórios. O silêncio médico, muitas vezes travado por pudor, insegurança ou falta de preparo, coloca milhares de mulheres em risco todos os dias. Complicações como fissura anal, infecções e dor crônica poderiam ser facilmente evitadas se houvesse uma conversa franca, aberta e embasada.
Ignorar essa realidade é negar à mulher o direito de viver sua sexualidade com segurança, prazer e informação. E isso precisa mudar — já.
Médicos devem assumir seu papel de educadores e acolhedores. Pacientes, por sua vez, devem sentir que têm liberdade para falar sobre qualquer aspecto de sua vida íntima sem medo de julgamento.
Se você sente que está sofrendo com dor anal, sangramentos ou desconforto após o sexo, não espere. Procure ajuda. E mais do que isso: procure um profissional que te escute, te acolha e te trate com respeito.
Você acertou na sua decisão!
Se você está passando por sintomas como dor ao evacuar, sangramentos ou quer tirar dúvidas sobre práticas seguras de sexo anal, marque agora mesmo uma consulta com a Dra. Clarisse Casali.
Ela vai te atender com empatia, acolhimento e total profissionalismo, oferecendo orientações individualizadas para cuidar da sua saúde e bem-estar.
- Atendimento humanizado;
- Diagnóstico preciso;
- Tratamento eficaz para fissura anal e outras condições;
- Privacidade e confiança para conversar sobre sua sexualidade.

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Sua saúde íntima agradece!
Página de contato 👉 https://clarissecasali.com.br/contato/
☎️Tel: / 📱WhatsApp👉 (21) 99976-5410
Sou Dra. Clarisse Casali, Proctologista do Rio de Janeiro (Sociedade Brasileira de Proctologia), Especialista em Saúde do Intestino. Residência médica em coloproctologia HFCF/Min.Saúde. Especialista em Saúde do Ânus. Pós-graduação pelo Hospital Albert Einstein – SP. Especialista no tratamento de Hemorroidas, Especialista em colposcopia anal – American Society of Cervical Patology⚕️.
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Fontes e Referências
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